segunda-feira, 20 de julho de 2009

COMO AS NUVENS SE FORMAM - Em dias sem ventos - Influência das cargas elétricas e do magnetismo na formação das nuvens – O processo de goticulização.


COMO AS NUVENS SE FORMAM


Palavras e termos relacionados : Meteorologia – Cogitações meteorológicas – Física atmosférica


Atenção !! : Este texto tem caráter de especulação científica e descrição literária, não sendo, portanto, indicado para subsidiar trabalhos escolares. A validade de suas conclusões dependem de comprovação científica. Exceptuam-se aqueles trabalhos que visem exemplificar os passos, ou vários estágios, que se dá para a aquisição do conhecimento.



Meteorologia – Cogitações meteorológicas – Física atmosférica
Processos de enevoação e desanevoação – As massas de ar frio descendentes e as quentes ascendentes – Paciência para fixar os olhos por alguns minutos nas nuvens do começo da tarde - Influência das cargas elétricas e do magnetismo na formação das nuvens – O processo de goticulização – As nuvens são corpos “flácteis” - O estado ou sub-estado de névoa.




Observar atentamente a nuvem

Finalmente superei minha dificuldade para “permanecer no posto de observação.” Ficar olhando fixo para o céu, concentrado em uma ou duas nuvens por alguns minutos, não é tarefa fácil. Mas, quando a isso se dispõe, torna-se possível, sem sacrifícios, e finalmente compensador. Em relação à formação de nuvens descrita anteriormente, confirmei, por observação visual, que o processo é aquele mesmo. No entanto, variáveis se acrescentaram.

Estava a olhar fixamente uma pequena nuvem, por trás de uma imagem quadrangular formada por alguns galhos de baraúna(1), quando resolvi observar uma nuvem maior, um pouco mais à direita. Esta parecia atrair duas outras pequenas para si. Tendo voltado a olhar a primeira, a menor, entre os galhos, fui tomado por um susto. Em um minuto ela sumiu !! Não poderia ser. Não era tão pequena assim. Procurei-a por entre os outros galhos, e nada. Ela evaporou-se, ou melhor, desanevoou-se(2). Fiquei, no entanto, com os olhos fixos no fundo azul entre os galhos. De repente, uma pequena tira foi se definindo. O espaço à sua volta foi se embranquecendo, e eis que em um minuto apenas, lá estava ela, de volta. A pequena nuvem, agora um pouco maior e numa posição levemente acima e à direita, voltara ao estado de névoa. Fiquei maravilhado !!


O processo de formaçao é vagaroso

A vista já estava cansada. Entrei na casa e retornei com um óculos escuro. Mais à vontade, pude observar como até às 14 :00 horas mais ou menos, as nuvens menores se formam. Elas não se “desintegram” quando se desanevoam, simplesmente “somem” das vistas. As partículas invisíveis de água continuam lá, quase no mesmo lugar !! No máximo, mais alguns poucos minutos, a maioria delas retorna ao estado de névoa, visível aos olhos. É comovedor ter a paciência suficiente para acompanhar, com a visão, os aparentes e tardos movimentos da natureza. Sim, aparentemente vagarosos, mas em sua própria dimensão, são evoluções ágeis que preenchem grandes porções do céu com volumosas nuvens, ou as dissipam com a mesma ligeireza.

Quando a nuvem se "desanevoa"

Os primeiros pequenos aglomerados são enevoados em maiores altitudes, quando o ar úmido encontra o ar frio da alturas. Correntes descendentes tendem a deslocar estas pequenas nuvens para baixo. Se são empurradas muito para baixo, não suportam a maior temperatura e pressão e se “desanevoam”.

Outros aglomerados são soprados para posições ideais de flutuação, proporcionais às suas pequenas densidades, e lá permanecem, a não ser que uma lufada fria descendente, ou uma quente ascendente, os retirem de sua “órbita” normal. E isto acontece constantemente, porque o vai e vem de massas de ar é intenso nestes horários de maior energia solar.



Como as cargas elétricas interferem

À medida que se avolumam (alguns aglomerados se esfacelam e se desanevoam para não mais voltarem ), vão tendendo a mudar para órbitas inferiores. Quanto maior a sua densidade, maior é o seu peso, e mais próxima da terra é sua posição de flutuação (ou flactuação ?). Pequenos cúmulus completamente brancos, quando tomam maior tamanho, principiam a carregarem sua parte inferior com gotículas mais pesadas. Cargas elétricas opostas mantem unidas a região de cima, menos densa, com a região de baixo, mais adensada pela concentração de gotículas. Por cima deste cúmulo, agora acizentado, é água no estado de névoa, e abaixo é água no estado líquido, embora em gotículas ainda flácteis.(3)


As nuvens são corpos flácteis
(digitar "corpos flácteis" na janela de pesquisa )

A qualidade dos corpos “flácteis” é deixarem-se moldar por várias forças, conforme a natureza destes corpos e destas possíveis forças atuantes. Desta maneira, a água em forma de névoa se condensa em gotículas pela brusca queda térmica provocada pelo embate com uma massa de ar mais fria, com a diferença suficiente para que esta mudança de estado – ou de sub-estado - transcorra.


E finalmente a goticulização !!

Além da energia térmica, outra força que opera na fase de “goticulização” são as cargas elétricas. Estas cargas entram no processo de formação das gotículas, bem como no aumento gradativo de seu tamanho, e na auto-sustentação de cada gotícula, de cada região da nuvem à qual pertence, e da nuvem como um todo. Este magnetismo provocado por cargas elétricas, em todos os seus níveis, confere à nuvem a qualidade de interagir com outras nuvens, com a força gravitacional da terra e com as diversas formas de estáticas e magnetismos dos corpos e correntes atmosféricas.




Luiz Antonio Vieira Spinola

Escrito em 3/março/2006
Publicado em 22/julho/2009



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Sinônimos, definições e comentários ;

1 – Baraúna : árvore da flora brasileira, encontrada principalmente no nordeste. A baraúna é uma árvore de galhos e folhas de pouco volume.

2 – Desanevoar-se ( e enevoar-se ) : neologismo para exprimir o processo de sair do estado (ou sub-estado) de névoa(visível) para o estado(ou sub-estado) de vapor(invisível).
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3 – Fláctil : Qualidade específica dos corpos de baixíssima densidade. Neologismo.
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